Miami é um cidade engraçada. Aliás a Flórida em geral tem um quê de estranhamento algo americano, pero no mucho: gosto, mal gosto… é um lugar, digamos, ambíguo.
Por sua proximidade ao Caribe, a região teve uma ocupação tipicamente americana, ou seja, foi feita por imigrantes, na sua maioria ilegais, de Cuba, Porto Rico e por aí afora, o que faz o espanhol ser mais falado eventualmente do que o inglês.
Atualmente existe um esforço em glamurizar a cidade com renovações do distrito art déco, instalação de restaurantes e bares legais, mas principalmente através de exposições de arte.
Existe uma edição da Art-Basel, feira de prestígio mundial na cidade, mas como Miami é mais cool e latina, fomenta um movimento artístico mais popular e acessível.
O bairro de Wynwood, ao sul, conhecido inicialmente como “pequena Porto-Rico”, concentrava galpões enormes de fábricas dedicadas sobretudo à indústria têxtil, que ficaram durante um tempo abandonados, até serem apropriadas recentemente por galerias de arte.
Existe um evento mensal aos sábados, mas o grande evento ali não tem hora. É em todo segundo sábado do mês, o evento se chama Wynwood Arts Walk, que é uma caminhada pelas galerias e murais grafitados. Acompanhado por um guia, você conhece as melhores galerias do bairro, por apenas 12 dólares!
O local tem seu apelo mais forte na arte mural contemporânea com artistas-grafiteiros ilustrando várias paredes de grandes proporções.
É um passeio legal e descontraído, bom para se perder e quem sabe “descobrir” um café descolado que seja só seu.
Presença dos brasileiros Derlon Almeida, Nina Pandolfo e, claro, Os Gêmeos.