Nos anos 80 um movimento sacudiu os pilares do bom gosto. Numa oposição à tão pregada funcionalidade dos objetos, Memphis ignorou todos os ensinamentos da Bauhaus e veio para libertar.
Jovens, viajados e cheios de novas ideias, arquitetos, artistas e designers se perguntaram porque a funcionalidade do design deveria ser priorizada em vez da estética e da simbologia das coisas, e criaram o movimento em Milão, liderados por Ettore Sottsass, no início dos anos 80.
Suas criações rodaram o mundo, rompendo barreiras do design através de objetos coloridos, com formas tortas, inusitadas, nos mais variados segmentos, da tapeçaria ao mobiliário e os cartoons.
Explorando materiais mais populares, como o granito e o laminado, e com influências Art Déco, Pop Art, kitsch e da arquitetura clássica, as peças discutiam as linhas e formas simples e representavam a anti-funcionalidade. Mais do que apenas uma discussão estética, Memphis foi também a discussão da sociedade, da burguesia, e da crise intelectual.
Hoje, 32 anos depois do início do movimento, a Firma Casa e Marco Zanini, um dos fundadores do Memphis, trazem a São Paulo a mostra Memphis Milano, com peças originais da época. As obras vieram diretamente da Itália e poderão ser compradas pelo público durante a exposição.
Memphis Milano
01 de out a 15 de nov
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1487, Jd. Paulistano – SP
3385.9595