Por indicaçãoo de minha amiga Paula Dip, vi o documentário de Tamra Davis sobre Basquiat.
No mesmo instante fui tomada por uma saudade gostosa, mais uma nostalgia, de uma época que com certeza ocupa lugar especial da mente dos que passaram por ela.
Mais do que uma homenagem ao artista e amigo, o filme é um documento dos anos 80, da Nova York efervecente daquela época e dos movimentos que envolveram jovens em todas as áreas de manifestação artística.
O próprio Basquiat, não era um pintor estrito mas um artista que veio do mix poético de palavra e imagem do grafite das ruas e constantemente citava a música e a história da arte, assim como a lietaratura e a história em si em seus trabalhos e na maneira de cria-los, num acúmulo de informações que acabou denominando a corrente estética da pós-modernidade.
Entre detalhes íntimos contados pelos próprios amigos, ficamos sabendo que este artistas norte americano, nascido em 1960
no Brookiln, em Nova Iorque, filho de mãe porto-riquenha e pai haitiano, desde criança mostrava ter muito talento para as artes e teve sempre apoio de sua mãe para criar. Embora tenha vivido nas ruas, pertencia à classe média com uma educação bem acima da média. Além, é claro, de ser muito lindo e muito assediado. Reza a lenda, inclusive, que nesse período das ruas, tinha sempre uma namorada para acolhê-lo.
A figura humana, sempre presente em seus trabalhos, tem origem num acidente de infância que o acompanhou para sempre: quando tinha sete anos ele foi atropelado e durante sua recuperação ganhou de presente um livro sobre anatomina humana. Em suas representações detalhadas, no futuro, revelariam a influência deste acontecimento em sua obra. Basquiat teve ainda uma banda, a “Gray’s”, o nome da banda também teve influência deste incidente na sua vida, uma vez que o livro de anatomia se chamava Gray’s Anatomy.
Quando adolescente, passou a grafitar pelas ruas Manhattan, com seu amigo Al Diaz. Eles deixavam sua marca como “SAMO” ou “SAMO shit”, da expressão same old shit. As tags chamaram atenção das pessoas, mas chegaram ao fim quando os amigos escreveram “SAMO is dead” nos prédios da SoHo em Nova Iorque.
Basquiat abandonou a escolar secundária antes de se formar, em 1978, e passou a vender camisetas estampadas por ele nas ruas. Foi se tornando conhecido e fez parte do elenco do filme Downtown 81, que conta a história de como um artista jovem se mantém com seu trabalho.
Foi nos anos 80 que seu trabalho começou a ser reconhecido, a partir do momento e que participou de uma mostra financiada por uma empresa chama Colab. A crítica de René Ricard, renomado no meio cultural da época, fez com que Basquiat tivesse uma trajetória dentro as artes que repercurtiria mundialmente.
Foi em 1982 que o artista começou a integrar circuitos artísticos do neo-expressionismo. Foi nessa época também que se envolveu com Madonna, que ainda não era famosa, e teve contato com Andy Warhol, com quem estabeleceu parceria em seus trabalhos.
Porém, o jovem acabou se envolvendo e viciando em heroína, o que deixou muito de seus amigos preocupados. Em 84 já estava completamente dependente da droga. No ano seguinte seria capa do The New York Times e, desta forma, participou de diversas mostras na Europa. Em 1988, com apenas 28 anos, Basquiat sofre uma overdose e morre em seu estúdio.
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