Um filme gringo Americano, diretor gringo (Noah Baumbach), elenco americano e produtores barsileiros??? Sim.
O filme é uma “narrative “existencialista, mais uma ode ao que seja 27 anos, ser uma pessoa média em Nova York.
Noventa e sete porcento da duração do filme são dedicados às idas e vindas de Frances (Greta Gerwig), algumas inclusive literais já que a moça aspira à dança.
É tudo quase, mais ou menos, talvez e se o tempo todo, o que da uma vontade de dar uns tabefes na protagonist e dizer para ela “get a life” ao invéz de simplesmente passar por ela, mas como não se solidarizar com essa moça meio boba alegre que bate cabeça sistematicamente, como não empatizar com seus movimentos geográficos atrás de sei lá o que? Quem não fez uma viagem absurda na vida que atire a primeira pedra.
O filme é uma história arquetípica contemporânea. A busca pela realização, por um sentido, por um amor mas como nos dias de hoje, tudo é meio na base do Prozac. A tragédia passa ao largo, sem grandes ambições nem muitas decepções, vamos acompanhando quase que em tempo real a existência sem graça dessa moça.
Em preto e branco, me faz lembrar automaticamente François Truffaut mas também, Jim Jarmusch, o ritmo lento entrecordado e o humor guffy de Down by Law.
Como a produção é brasielira, o naturalismo da o tom.
O filme é classificado como comédia mas eu devo ter dado uma, no máximo duas risadas. No resto do tempo, exercitei a compaixão com um leve sorriso.