E foi assim, neste ritmo, que Bernardo Paz colocou Inhotim – um distrito de Brumadinho, a cerca de 60 km de Belo Horizonte – no mundo. Na base do “dedim de prosa” ficamos sabendo que Inhotim é a “mineiralização” de Sir Timothy, passando para Senhor Tim e finalmente “Nhô Tim”, um inglês que morava na região com cerca de 23 famílias, entre elas a de Bernardo Paz, que foi comprando as propriedades com o dinheiro ganho na mineração.
A imensa propriedade hoje é uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – dedicada a formalizar os hobbies de Paz: colecionar plantas e obras de arte. Inicialmente focado em arte moderna, o acervo ao qual hoje temos acesso é formado por expoentes contemporâneos da arte nacional e internacional, dispostos em pavilhões específicos para cada artista.
Assim, podemos passear por acres e acres ouvindo passarinhos e observando espécimes botânicos, enquanto vamos de Cildo Meireles para Olafur Eliasson, de Matthew Barney à Adriana Varejão, passando por Waltércios Caldas a céu aberto.
E sem esquecer que estamos em Minas Gerais, onde sempre somos bem recebidos. Em Inhotim isso se traduz no conforto dos móveis feitos com resíduo de árvores centenárias pelo designer Hugo França e em quiosques com pizza, café, água de coco, banheiros em ordem… Muito agradável a propriedade de Nhô Bernardo.