Diane

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Diane Von Furstenberg foi esperta e fez seu desfile antes de todo mundo, numa galeria de arte. Todos fresh, descansados e prontos para curtir um trabalho lindo, coerente e cheio de personalidade. O trabalho de Diane é a cara dela, a vida dela e tem DNA, a elegância 70’s, que já era uma releitura dos anos 40.

DVF inverno 2014 / Reprodução Vogue

E falando em DVF…

A história de vida de Diane von Fursteberg é do tipo que merece virar livro (e já virou) e ser contada para meninas antes de dormir. Só que, de donzela em perigo que se torna princesa e vive feliz para sempre no castelo com o príncipe, Diane não tem nada. Ela está mais para princesa moderna, independente, autêntica, inteligente e estilosa, e pode ensinar muito mais lições de vida para essas meninas do que qualquer conto de fadas comum. Diane, na verdade, pode ensinar mulheres em qualquer idade lições valiosíssimas.

Nascida na Bélgica, filha de pais judeus e mãe que sobreviveu ao holocausto. Estudou economia, conheceu o príncipe Egon von Furstenberg aos 18 anos, e se casou com ele alguns anos depois. Aos 25, chegou nos EUA com uma maleta com 3 wrap-dresses que fez na Itália na fábrica de tecidos em que trabalhava e bateu na porta de Diana Vreeland, editora da Vogue americana na época. O modelo dos vestidos não era novidade, mas ela os fez em jérsei estampado e muitíssimo bem acabados, o que era totalmente inesperado, e totalmente necessário. Tão necessário que, em 1976, aos 28 anos, uma Diane separada do marido, com dois filhos pequenos, sozinha, conseguiu 5 milhões de vestidos vendidos e uma capa da revista Newsweek, que a chamava de “a mulher mais poderosa depois de Coco Chanel”.

A revista, sem dúvida, estava certíssima. Hoje a marca Diane von Furstenberg vende em 71 países (entre eles o Brasil), seus icônicos wrap-dresses ainda são sucesso mundial, assim como suas estampas, suas coleções de roupas, acessórios e itens de decoração. Diane foi considerada a mulher mais poderosa da moda pela revista Forbes em 2012, é presidente do Council of Fashion Designers of America (CFDA), e participa de ONGs pelo mundo, incentivando mulheres de países emergentes a serem mais empreendedoras e poderosas.

Diane acredita que nasceu para dar poder às mulheres. Sua maior missão é incentivar todas as mulheres a serem elas mesmas,  a se tornar independentes e autênticas, e fazer suas vozes serem ouvidas.

Essa não é a história de uma princesa qualquer, nem de uma estilista qualquer. É a história de uma mulher-exemplo, que acredita no poder da feminilidade, da autenticidade, da autoconfiança e, acima de tudo, da independência da mulher. Mais do que wrap-dresses ou estampas icônicas, esses sim são valores que nunca saem de moda, e são a maior contribuição que  Diane poderia dar para o mundo.

Diane usando seu wrap-dress. “Sinta-se mulher, use um vestido”.

Veja entrevistas completas de Diane von Furstenberg:

Revista Marie Claire

FFW

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