Arte nova

Arte nova

Ao final do século 19, princípio do século 20, a Europa assistia à segunda revolução industrial. Paris era a capital do mundo e as novas tecnologias, assim como a produção em escala, incitava uma nova maneira de pensar a arte, criando espaço para a litogravura, cartazes e a proliferação de objetos produzidos pela indústria que deveriam ter um desenho sofisticado e racional.


Detalhe do desenho para vaso de cerâmina presente no livro "Art Nouveau Floral Patterns and Stencil Designs in Full Color", de M.P. Verneuil. / Reprodução
Detalhe do desenho para vaso de cerâmina presente no livro “Art Nouveau Floral Patterns and Stencil Designs in Full Color”, de M.P. Verneuil. / Reprodução

A burguesia, o dinheiro novo que circulava a partir dessa nova classe industrial e comercial, queria morar bem, em casas decoradas e confortáveis.

Nascia o design, o pensar artístico sobre a indústria, a intersecção entre o belo e o prático. A Art Nouveau (arte nova, em francês) foi um movimento estético essencialmente voltado para o design e a arquitetura, e foi uma bela empreita de geometrização das formas da natureza, motivadas pelas belíssimas fotos de Karl Blossfeldt.

Ele revelou ao mundo formas sensuais e ritmadas, que foram gravadas, decalcadas em paredes, esculpidas em madeira e, principalmente, forjadas em metal.

Detalhe de imagem feita por Karl Blossfeldt, retratada no livro "Karl Blossfeldt: The Complete Published Work", escrito por Hans-Christian Adam (Ed. Taschen) / Reprodução
Detalhe de imagem feita por Karl Blossfeldt, retratada no livro “Karl Blossfeldt: The Complete Published Work”, escrito por Hans-Christian Adam (Ed. Taschen) / Reprodução

Do metrô de Paris aos cartazes de Mucha, dos cafés de Praga às gravuras de Toulouse-Lautrec, chegando ao Brasil pelas mãos dos artesãos do Liceu de Artes e Ofícios e Eliseu Visconti.

Desenho para papel de parede criado por Mucha / Reprodução
Desenho para papel de parede criado por Mucha / Reprodução

Sinuoso e sensual, o princípio curvilíneo traduzido em arabescos vem inspirando criadores sensíveis como Miuccia Prada, Frida Giannini, da Gucci, e Barbara Hulanicki, da icônica marca Biba, que nos anos 60 usou o Art Nouveau como semente para suas lendárias lojas e seu logotipo.

Logo da marca Biba na década de 60. / Reprodução
Logo da marca Biba na década de 60. / Reprodução

 

Anúncio Prada de 2008, com inspiração na Art Déco / Reprodução
Anúncio Prada de 2008, com inspiração Nouveau / Reprodução

 

Desfile Gucci na semana de moda de Milão, em 2013.
Desfile Gucci na semana de moda de Milão, em 2013 / Reprodução

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